quinta-feira, 7 de julho de 2011

A-cero... casa no município de Las Rozas, em Madrid, Espanha. (2010)




http://www.a-cero.com/

O projeto nos apresenta um conjunto construído de volumes e folhas combinados como um jogo perfeito, que mistura os limites entre arte e arquitetura. A parcela de habitação tem uma superfície de 1.368m2, com uma inclinação de luz que A-cero tem usado para adaptar o prédio de três pavimentos. O acesso de pedestres ocorre pelo piso térreo onde estão localizadas as salas de estar, jantar e salão de jogos no lado direito da casa. No lado esquerdo estão a sala de banho, pátio, cozinha, escritório, uma dispensa e uma lavanderia.




Interiores destacam-se pela sua distribuição diáfana. É uma moradia confortável e habitável com áreas amplas. O mármore bege com as paredes e telhados esperam produzir uma certa transparência e luminosidade no interior. Além disso, essas cores criam uma sensação de espaço na casa.



FONTE
http://www.a-cero.com/

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Quando o Bulla pega a máquina....


ROSADO

KIMURA SAN

SACADA

SOLITA

AFINIDADE

PARCERIA

LUIIIIIIIIIZA.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Futebol também é cultura

Ontem foi quarta-feira, jogo de futebol na TV, abri um vinho e fui revirar meus livros, retomei a leitura de "Lina Bo Bardi, Sutis Substâncias da Arquitetura - Olivia de Oliveira" e me peguei com a casa Chame-Chame (Salvador - BA, 1958-1964 construção/1984 demolição) projeto de Lina Bo Bardi, confesso que me deixa um tanto intrigada, tudo que envolve esse projeto concebido paralelamente ao Masp.
Logo na abertura me deparei com um trecho que me chamou a atenção, a distância formal que a casa Chame-Chame parecia apresentar diante da casa de vidro, a autora faz uma observação sobre as obras envidraçadas de Lina e como Lina cita as casa de Vilanova Artigas em seu primeiro artigo na revista Habitat criada por ela e Pietro Maria Bardi:
"Cada casa de Artigas quebra todos os espelhos do salão burguês. Nas casas de Artigas, que se vêem dentro, tudo é aberto, por toda parte o vidro, e os tetos baixos- muitas vezes-, a cozinha não é separada, e o burguês que se deixasse levar pela novidade e pedisse uma casa a Artigas, chocado com ‘tão pouca intimidade’, cego por tanta claridade, se apressaria a fechar com pesadas cortinas as vidraças, a fazer crescer sebes, a reforçar as portas, para continuar, bem defendido, a sua vida despreocupada entre os móveis ‘chippendale’ e os ‘abat-jours’ pintados a mão. As casas de Artigas são espaços abrigados contra as intempéries, o vento e a chuva, mas não o são contra o homem, tornando-se o mais distante possível da casa-fortaleza, a casa fechada, com interior e exterior, denuncia de uma época de ódios mortais. A casa de Artigas que um observador superficial pode definir como absurda é a mensagem paciente e corajosa de quem vê os primeiros clarões de uma nova época: a época da solidariedade humana”.

Então como explicar esse abismo entre projetos concebidos pela mesma pessoa? Intrigante...



Casa Chame-Chame
(Salvador - BA, 1958-1964 construção/1984 demolição)



Casa Chame-Chame
(Salvador - BA, 1958-1964 construção/1984 demolição)

A casa Chame-Chame é o avesso de sua citação as casas de Artigas e a sua casa de vidro, o que era transparência ‘saudável’ surge como pesado e opaco.
O fato é que a casa é intrigante por vários motivos, os quatro estudos para tal casa até chegar no projeto final, explica a passagem do desenho inicial, ortogonal, para o final, orgânico e vai contextualizando o projeto dentro do panorama da arquitetura da época e como ele se insere na cidade de Salvador e tem algumas coisas que me chamam atenção: a classificação da casa como "casa percurso", o tratamento que a arquiteta dá a escada considerando-a como um ambiente e não só como instrumento de ligação entre um nível e outro e a comparação entre a casa e o forte de São Pedro.






"Ainda estudante em Salvador da Bahia, em princípios dos anos 1980, a obra de Lina Bo Bardi inseriu-se em minha memória para sempre, sem que eu o soubesse. De certa forma, estive contaminada por essa estranha casa, a única construída por Lina em Salvador, diante da qual passara muitas vezes para visitar uma amiga. Curiosamente, apesar de a Casa do Chame-Chame pertencer ao meu cotidiano, cada vez que a revia, nunca deixava de sentir um forte estranhamento. Era uma espécie de casa de bonecas, casa de contos, com seus muros inteiramente revestidos de tufos de vegetação, seixos, cacos de azulejos, fundos de garrafa, conchinhas, restos de brinquedos e de bonecas quebradas.

Jamais tive a ocasião de entrar nessa casa e recordo minha indignação ao vê-la demolida em 1984, sendo literalmente violentada sobre seus próprios muros como mais uma vítima da voraz especulação imobiliária, que há muito vinha lhe montando cerco.

(...) Apesar do pouco material aparentemente disponível para estudá-la, o fato de contar com minha memória pessoal punha-me numa situação levemente privilegiada: a de poder dizer a outrem algo que de algum modo experimentei, mesmo que marginalmente. De certa forma, sentia-me como uma sobrevivente em sua obrigação de narrar a tragédia vivenciada."
(Olivia de Oliveira)

Este trecho me aproxima da autora, e compartilhamos da mesma indignação.
Até entendo que as cidades tenham uma evolução natural, mas como nosso patrimônio histórico está sendo tratado?
Saindo do plano do coletivo, eu não consigo aceitar que minhas memórias sejam devassadas por tapumes de construtoras, ou simplesmente virem estacionamento no centro da cidade, e sempre que vejo parte dessa memória sendo destruída, demolida, me sinto impotente perante o sistema.
Inevitavelmente o pensamento recai sobre a produção atual de casas e apartamentos e sem desmerecer, mas já desmerecendo alguns arquitetos atuantes no mercado, acredito que a grande maioria dos projetos atuais é só fachada bacana e inovadora (às vezes nem isso) as tipologias dos apartamentos são todas iguais independentes se o desenho foi feito em um super escritório ou no departamento de engenharia de alguma construtora.
E conseqüentemente a impressão que tenho sobre quem de fato "produz" a cidade e o desenvolvimento dela são os publicitários e o sujeito com o "timing" do mercado imobiliário.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

segunda-feira, 13 de junho de 2011

terça-feira, 3 de maio de 2011

terça-feira, 26 de abril de 2011

Realmente acho que sou Kitsch...



Gente fala sério, Meu Ap. ficou Kitsh outra vez!!! Eu acho que deixando de lado os aspectos kitsch tradicionais, idealizei a possibilidade de aplicar o conceito kitsch numa nova pespectiva, e que compreende a utilização do conceito Kitsch, porém de maneira mais moderada, adequada e útil aos novos tempos de alta tecnologia e funcionalidade dos ambientes em contraponto ao clássico. O neo-kitsch não trai o kitsch tradicional, apenas consegue unir tudo que a de bom em ser kitsch, como os ambientes com identidade própria, sem cara de vitrine, mostrando que ha vida no lugar, que moram pessoas nesta casa e que elas tem uma historia, mas para mostrar tudo isso não é preciso um bombardeio de informações.
Não saio simplesmente colocando tudo que acho bacana, é importante ter um conceito...
O kitsck ganhou fama de brega e símbolo de mau gosto, por ser a decoração feita por leigos, a maior parte da arquitetura brasileira é produzida sem arquitetos, e não é diferente na área de design de interiores.
Não se pode simplesmente reunir objetos que você gosta em um único ambiente, e esperar que o resultado seja maravilhoso.
O conceito serve como um norte para se chegar a um bom resultado, por exemplo, um profissional que segue o conceito minimalista, tem que saber aplicar as características deste conceito em seu projeto, dando assim identidade a ele, no kitsch, também funciona assim, tem que se conhecer as ferramentas certas, até mesmo para se usar o “exagero” é preciso ter limites, e cabe ao profissional ter seu próprio conceito, e aplicá-lo, provando que basta agregar valor a essas peças kitschs, para que automaticamente se tornem objetos de desejo.